Opinião

Opinião - José Richard


05/11/2021 - Edição 2066

Relatos de moradores da Ilha do Governador dão conta e que o roubo de carros continua forte na região e os insulanos estão assustados, pelas razões óbvias. O medo de ser assaltado na rua onde mora, na porta de casa, tem mudado os hábitos de muita gente 

A região do Quebra-Coco, sub-bairro do Jardim Guanabara, continua a ser a mais visada para essas práticas criminosas, muito provavelmente pela facilidade de fuga para bandidos de fora da Ilha. A presença de policiais na entrada da Ilha, estratégia adotada depois que os roubo de veículos aumentou, parece que não inibiu a bandidagem que, segundo a polícia, vem da Maré. 

Por outro lado, a desorganização do trânsito e a falta de entrosamento dos diversos sistemas de transportes públicos provocam irritação e desconforto entre os moradores de todos os bairros da Ilha, sobretudo entre os usuários das empresas de ônibus. Enquanto, muitos motoristas e motociclistas não respeitam os sinais, a população sofre com um verdadeiro caos devido a falta de entrosamento das opções do sistema de mobilidade urbana, como já denunciamos neste espaço. 

Além disso, a população também observa a falta de fiscalização em alguns locais, provocados por vans que tumultuam o trânsito, como no caso do ponto de ônibus em frente ao supermercado Mundial, na Estrada do Cacuia, onde elas estacionam por longo tempo para completar a lotação, desrespeitando os próprios passageiros e gerando confusão no trânsito.  

A ausência das autoridades para ordenar e fiscalizar é um omissão intolerável do poder público, considerando que existem órgãos públicos com essas atribuições, mas que se omitem, por razões que a população não entende. Outro fato que gera desconforto para os moradores, e também não há fiscalização e ordenamento na Ilha, é a ação de flanelinhas irregulares sem identificação ou com coletes suspeitos, que oferecem e cobram por estacionamento irregular em cima de calçadas.  

Muitos moradores da Ilha do Governador vivem momentos de preocupação, e alguns dessas inquietações são enviados por leitores ao Ilha Notícias e publicados semanalmente nas colunas Voz do Leitor e Boca no Trombone. Não podemos ficar omissos diante da bagunça e da falta de fiscalização nas ruas. A Ilha precisa continuar sendo um bom lugar para viver. 

O aumento de roubo de veículos, a desobediência às regras de trânsito e a inexistência de fiscalização nas ruas, são algumas constatações ruins, mas reais. Infelizmente!