Opinião

Opinião - José Richard


Por José Richard

29/10/2021 - Edição 2065

A questão da mobilidade urbana na Ilha do Governador, território que para muitos, ainda é considerado um bairro – informação que precisa ser atualizada para ganhar a importância real e reposicionamento dos habitantes junto às autoridades –, mas que oficialmente é uma região que conta com 14 bairros e uma super população de aproximadamente de 300 mil habitantes. 

Fosse a Ilha do Governador uma cidade, estaria entre as dez mais populosas do estado. Portanto é fundamental que o conjunto dos 14 bairros e sua a população, conquistem atenção proporcional ao tamanho dos problemas que se agravam e precisa ser tratada como uma região complexa e com características especiais, sobretudo por ser uma ilha e o acesso feito por pontes. 

Dos problemas que os insulanos enfrentam um dos mais graves é com relação a mobilidade urbana e que atinge os moradores de todos os bairros. São dois aspectos. As pessoas que diariamente saem da Ilha para seus compromissos, e o outro a rotina de quem faz praticamente tudo na Ilha. Para quem sai o problema poderia ser minimizado com uma melhor eficiência do serviço de barcas que precisa ser resolvido rapidamente. Não é possível que a Baia de Guanabara continue sendo invisível como solução para o transporte de passageiros da Ilha para o Centro e para outros bairros e cidades do entorno. Há anos atrás milhares de trabalhadores usavam muito esse meio de transporte, e mais do que nunca é solução importante para desafogar o trânsito da Estrada do Galeão. 

Por outro lado, a questão do trânsito interno – entre os bairros – precisa de mobilidade sincronizada para atender de modo organizado a população utilizando a diversidade de transportes à disposição. Cabritinhos, vans, kombis, ônibus e moto-taxis formam um conjunto de opções que precisam ter das autoridades roteiros integrados para atender a população de todos os bairros.