Opinião

Opinião - José Richard


22/10/2021 - Edição 2064

Finalmente, graças a Deus, começam os primeiros movimentos para restaurar a normalidade na vida dos brasileiros diante da queda do número de contaminados e mortes pela Covid-19, no Brasil.  

Em dezembro de 2019 quando as primeiras notícias da doença surgiram na China, e logo, em janeiro pessoas no Brasil foram contaminadas, ninguém supunha que depois de dois meses, logo após o carnaval, uma verdadeira tragédia tomasse conta do mundo e também atingisse o Brasil. 

A humanidade ficará marcada para sempre pelos 5 milhões de mortos, cujas vidas foram ceifadas ao longo de mais de um ano e meio de sofrimento, quando milhares de famílias foram destroçadas pelos impactos inesperados da pandemia. A doença foi, e é tão brutal que ainda continua provocando óbitos em todo o mundo, embora com forte redução, e extenso rastro de desespero e perplexidade. Além dos mortos, são incontáveis os casos de pessoas com sequelas brandas e graves, vitimas da temida doença. 

As lições que ficam são alertas óbvios de que somos todos muito vulneráveis e que pandemias como essa vão acontecer novamente, a qualquer momento, e que precisamos estar fortes e preparados, com vacinas prontas em estoque e o imediato uso de máscaras para evitar contágios exponenciais.  

Por outro lado, o aprendizado também obriga cada um de nós a ser mais atuantes contra a poluição do planeta — foco mais provável da origem da maioria das doenças —, cujas terras, mares e atmosfera estão gravemente afetados pela nossa irresponsabilidade contumaz, que nos tornou seres extremamente vulneráveis e absurdamente lentos diante das mutações de bactérias e vírus que surgem e se propagam em ambientes inóspitos como o que estamos transformando nosso planeta, já declarado em morte ambiental irreversível pela ONU. 

A falta de conscientização do perigo que nos espreita é um vazio na cabeça dos milionários malucos que gastam bilhões para foguetear nos céus em viagens de alguns minutos, por puro exibicionismo. Fariam melhor para a humanidade, e teriam seus nomes eternizados pela gratidão dos terráqueos, se destinassem esses recursos para salvar as pessoas desamparadas das desgraças e das pandemias que já aconteceram e das que estão a caminho.