Opinião

Opinião - José Richard

Lucro astronômico não satisfaz o apetite dos banqueiros


Por José Richard

08/11/2019 - Edição 1962

Enfrentar uma agência cheia virou rotina de quem precisa ir ao banco // Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil
Enfrentar uma agência cheia virou rotina de quem precisa ir ao banco // Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

Vez por outra falo aqui de assuntos que vão além das fronteiras da Ilha do Governador, por serem de interesse comum a todos os brasileiros e que julgo importante tratar tal a seriedade que merecem e consequências que geram para todos brasileiros. É o caso de matéria publicada nesta semana no jornal O Globo que divulga o lucro astronômico dos bancos no último trimestre que atingiu a astronômica cifra de 19,2 bilhões de reais.

Acho isso ótimo e não consigo imaginar o tamanho dessa montanha de dinheiro, mas, esse incrível o lucro não atendeu as ambições dos banqueiros que insatisfeitos eles resolveram fechar cerca de 900 agências, por questões de logística e para claro para aumentar os lucros. Querem agências mais automatizadas, sem seres humanos. Nas minhas contas mais de 20 mil bancários perderão seus empregos e famílias ficarão no desespero. É uma péssima notícia.

As agências vivem cheias e todos nós encontramos dificuldades para acessar os bancos pelas portas giratória e obedecer um ritual de desconfiança dos seguranças, que aliás apenas cumprem o papel que lhes são determinados como terceirizados.

Os lucros dos bancos não são gerados por atividades produtivas, usam o nosso próprio dinheiro para emprestarem a brasileiros endividados e cobram juros extorsivos. Assim como cobram taxas exorbitantes para guardar nossas poupanças e salários. Conseguiram para si o monopólio de atuar como querem nesse sistema financeiro injusto.

Embora os lucros de bilhões, não participam nem apoiam eventos culturais, esportivos e de caridade nos bairros em que se beneficiam. Agem como verdadeiros chupa cabras extraterrestres cujo único objetivo é absolutamente o lucro. A qualquer preço!