Opinião

Opinião - José Richard


10/09/2021 - Edição 2058

Quem passa de carro pela Praia da Bica, cuja orla deve ter a extensão de cerca de pouco mais de 1 km, entre a Praça Jerusalém e a entrada da Marinha, sofre com as depressões no asfalto provocadas pelo afundamento junto às tampas de acesso a cabos subterrâneos e galerias de águas pluviais e esgoto. 

Por azar dos motoristas essas tais depressões ficam justamente na direção das rodas sem alternativa de serem evitadas diante da pouca largura da pista, além de ser mão dupla a via divide espaço com duas ciclovias laterais, perigosamente apertadas contra o meio fio. 

O recapeamento da pista deve ter sido feito há cerca de seis ou sete anos, no conjunto de obras do sistema de esgotos da região que foi direcionado para elevatórias de modo a evitar que continuassem sendo despejados direto nas areias da praia provocando línguas negras fétidas e colocando em risco a saúde dos banhistas.  

Com o final da obra, a beleza das areias foi resgatada e o esgoto direcionado para a Estação de Tratamento do Tauá. Todavia, o novo asfalto dividiu espaço na via de rolamento com ralos e tampas de acesso às galerias subterrâneas, mas a pista ficou moderna e lisa. No início. Em pouco tempo as depressões começaram a surgir e agora aumentam de profundidade a cada dia provocando desconforto e riscos para motoristas e passageiros dos veículos.  

Enquanto não acontecerem obras para nivelar a pista, o asfalto da pista da Praia da Bica pode servir de estudos para alunos de engenharia. Um exemplo como não fazer. É evidente que urge uma soluções técnica para evitar novas obras públicas sem os reforços estruturais que garantam um nivelamento permanente nas pistas com bueiros e tampas de acesso subterrâneo.