Opinião

Opinião - José Richard


Por José Richard

13/08/2021 - Edição 2054

Esses novos tempos estão complicados para todos nós habitantes do planeta terra. Não apenas pela catástrofe que a pandemia ainda provoca em todos os setores da sociedade, mas também por inconsequências do próprio ser humano contra o meio ambiente. É verdade que sofremos individual e coletivamente com a perda de amigos e a falência de muitos negócios diante de um vírus incontrolável, que atingiu a economia devido a queda no consumo e na produção de insumos, fatos que afetaram muitas empresas que não tiveram outra escolha senão fechar as portas.  

Mas também é verdade que a culpa de muitas contaminações se originam nas pessoas que não se cuidam devidamente para evitar o contágio em si próprios e agem parece propositalmente transmitir aos outros. Sabem que são potenciais transmissores do vírus para familiares e amigos, mas não se importam. Não usam máscaras e a preocupação é zero com a saúde dos outros que vivem ao seu redor. 

Ao mesmo tempo em que passamos pela pandemia do coronavírus e perdemos pessoas queridas, nós insulanos, e todos os outros seres viventes desta terra em mutação, estamos seriamente ameaçados por outras tragédias provocadas pela reação da natureza contra o homem. É algo que parecia invisível, e agora começou a ter forte descontrole em todas as partes do planeta através de inundações, degelo acelerado nos polos, temperaturas extremas e fogo que destroem florestas e jogam mais gases poluidores na atmosfera, que já não suportava as chaminés industriais. 

Do vírus não sei a origem, mas todos sabemos que as reações violentas que provocaram a instabilidade do clima foram consequências de ações geradas sem limites pelo próprio homem. O preço a pagar é muito grave e o agravamento da poluição se acelera, conforme manifesto da ONU, nesta semana, declarando irreversível a situação do meio ambiente global. A falta de alimentos e de chuvas são sinais e aqui na nossa cidade, a incapacidade de tornar potável a água imunda retirada de rios poluídos, nos remete a certeza da autofagia.  

As novas gerações de homens e mulheres merecem nossas reflexões e esforços para mudar isso.