Opinião

Opinião - José Richard


30/07/2021 - Edição 2052

Enquanto alguns ainda não estão conscientizados da potencialidade da região da Ilha do Governador, quero lembrá-los que, com cerca de 270 mil habitantes a região tem quase a mesma quantidade pessoas de cidades como Nova Friburgo, Petrópolis, Teresópolis e supera dezenas de outras de menor porte, cujas economias são importantes para o Estado do Rio de Janeiro. Tenho dedicado especial atenção neste espaço, e sempre que tenho oportunidade aproveito para destacar essas informações, de modo que os empresários e os moradores da Ilha do Governador, não tenham duvidas de que a nossa região tem virtudes para se transformar numa das mais prósperas da cidade. Basta mudarmos um pouco de atitude e contar com o apoio do poder público. 

Uma das questões que tento manter em destaque, sobretudo nesse momento grave que atravessamos, é um olhar sobre a localização estratégica da Ilha do Governador avançando sobre as águas da Baia de Guanabara, e ocupando uma posição geográfica privilegiada que proporciona a possibilidade de criação, por exemplo, de um hub para distribuição de produtos e passageiros para diversas cidades no entorno da baía.  

Com o maior aeroporto do Estado em seu território, a Ilha do Governador tem condições de tornar-se muito próspera se soubermos planejar e executar com precisão acessos para essas cidades vizinha pelo mar e para alguns bairros da cidade, além de vias marítimas especiais para transporte de passageiros e cargas ligando Tom Jobim ao Santos Dumont. 

Ficar estanque resolvendo os mesmos problemas sem criar novos desafios por absoluta inércia é como ficar sentado vendo o tempo passar. E é o que tem acontecido num retrocesso invisível que já pode ser percebido na comparação em fotos de lugares públicos dez anos atrás, quando tudo parecia funcionar melhor.  

Ou nos movimentamos para transformar a região, ou em vinte anos vamos ter saudades desse momento chato de pura contemplação. O tempo passado não volta mais e as gerações que vem por aí merecem mais.