29/01/2021 - Edição 2026
No Cacuia, a lentidão no trânsito provocada pela desorganização no sistema de transporte é um dos pontos críticos e de maior reclamação dos insulanos que transitam pelas calçadas ou dirigem pela Estrada do Cacuia. No ponto de ônibus em frente ao Supermercado Mundial, vans costumam estacionar durante vários minutos para completar a lotação, e geram um permanente congestionamento que se transforma em pesadelo para os motoristas insulanos que circulam pela via. É preciso ter paciência e contar com a boa vontade das vans para não ser fechado ao passar pelo local.
A disputa por passageiros, entre as próprias vans, aumenta o cenário de desordem que se agrava à medida que os ônibus não conseguem entrar na baia do ponto e são obrigados a deixar e pegar passageiros no meio da rua, gerando risco a todos e transtornos no trânsito. O motorista que estiver indo em direção ao Cocotá pela Estrada da Cacuia, em horário de rush gasta um tempo médio de mais de dez minutos entre o Relógio do Cacuia e o Cemitério, num trajeto com cerca de 600 metros.
— É um estresse diário que somos obrigados a aturar. Quando pego um passageiro, principalmente nos horários de pico, procuro uma rota alternativa para evitar o Cacuia. A verdade é que o bairro do Cacuia virou o império das vans onde reina a desordem no trânsito, enquanto as autoridades fazem vista grossa — disse indignado o motorista de aplicativo Eduardo Gonçalves, morador da Freguesia.
Para o insulano Ricardo Silveiro, morador do Cacuia, já passou da hora de uma ação permanente dos órgãos fiscalizadores. “Todos nós já sabemos o dia, a hora e o local em que o desrespeito ao trânsito acontece. É simples, coloquem guardas municipais no ponto orientando o trânsito e rapidamente veremos resultado”, garante.
Outra situação que tem incomodado os pedestres do bairro é a ocupação irregular das calçadas que costumam ter um fluxo grande de pessoas. Com grande quantidade de barracas e mercadorias no chão, a circulação de pedestres fica prejudicada e, em meio à pandemia, o risco de contaminação neste espaço reduzido é iminente. Esta situação acontece em frente a diversas lojas e farmácias localizadas no lado ímpar entre as ruas Sargento João Lopes e Combu.
— É claro que estamos em um momento de crise e todos estão precisando trabalhar para garantir uma renda extra. Mas o que não pode ser tolerado é a desordem e a bagunça — explica João Pinheiro, morador do bairro.
Procurada, a Secretaria Municipal de Ordem Pública informou que a Ilha do Governador está no roteiro de fiscalização da Coordenadoria Especial de Transporte Complementar. No ano passado, as equipes autuaram 626 veículos (vans e kombis) no bairro, removendo 67, inclusive no endereço informado por fazer ponto final em local não autorizado. A secretaria continuará atuando quando houver demanda. Quanto a ocupação nas calçadas, a secretaria não se manifestou até o fim desta edição.
Ocupação das calçadas e mau cheiro do lixo geram incomodo