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Na Ilha, 187 infectados e 25 mortes

Avanço do coronavírus é preocupante e Evandro já não tem leitos para casos graves


01/05/2020 - Edição 1987

Duas tendas foram instaladas na área externa para o atendimento do público
Duas tendas foram instaladas na área externa para o atendimento do público

Já ultrapassa de uma centena o número de insulanos que testaram positivo para o novo coronavírus. A informação é da Secretaria Municipal de Saúde que apresentou ainda dados oficiais de 25 mortes na região pela doença. Com o progressivo aumento de casos e óbitos confirmados nas últimas semanas, há uma grande preocupação entre os insulanos que esses números cresçam ainda mais. O Hospital Evandro Freire, unidade de saúde referência da região tem realizado adaptações para aumentar o atendimento.

No início da pandemia, o hospital não estava internando pacientes com quadro grave de coronavírus que eram transferidos para o Hospital Ronaldo Gazolla, em Acari. Com o aumento das internações, a prefeitura do Rio adotou uma nova estratégia e o Evandro Freire passou a não só internar os casos graves da emergência, como também receber pacientes transferidos de UPA’s e demais unidades de saúde.

Os pacientes que chegam à unidade e apresentam quadro de síndrome gripal são destinados a espaços separados para evitar contato com outras pessoas. Para evitar aglomeração no hospital a classificação de pacientes que procuram a emergência está sendo feita em duas tendas instaladas na área externa, medida que ampliou o espaço da recepção e oferece mais segurança à população.

Existem 39 leitos destinados a casos de Covid-19 na unidade, sendo dez para UTI, mas essa capacidade é considerada insuficiente, já que há pacientes aguardando internação nas enfermarias. Na segunda-feira (27), o hospital recebeu um contêiner refrigerado para aumentar a capacidade de seus necrotérios que, de acordo com a prefeitura, foi uma medida preventiva para dar suporte à unidade. De acordo com o secretário de saúde do Rio, Edmar Santos, para cada caso confirmado, existem pelo menos 15 não notificados em todo o Estado.

— A gente tem um número de infectados que nos trará uma situação de colapso do sistema de saúde, não por inércia do governo nem das prefeituras. Se continuar nesta crescente, vai faltar leitos como aconteceu nos Estados Unidos e na Itália. Por isso, não podemos afrouxar. Temos que ter isolamento social profundo para frear a curva — conta.