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Moradores voltam a sofrer com insetos

Besouros invadem casas na vizinhança do cemitério do Cacuia


03/09/2021 - Edição 2057

Moradores protestam contra a falta de ações permanentes para conter a infestação
Moradores protestam contra a falta de ações permanentes para conter a infestação

Os moradores das ruas Cachoeira do Mato e Feira Grande, localizadas no Cacuia, voltaram a ter dores de cabeça com Cemitério da Ilha do Governador. Pouco mais de três meses após terem sofrido com as infestações de besouros provenientes do cemitério, os insetos voltaram a invadir as casas das pessoas nas últimas semanas. 

De acordo com especialistas, os insetos são identificados como da espécie Necrobia ruficollis, um tipo de besouro carnívoro comumente encontrado em cemitérios e que se alimenta de tecido humano em decomposição. Conforme o relato de moradores, os besouros entram em suas residências e se espalham por todos os cômodos, pousando em móveis, na comida e nas pessoas. 

— É uma coisa horrível. A gente não consegue nem deixar a janela aberta porque eles invadem tudo. Eles entram nas panelas, pousam na cama e em cima da gente quando dormimos. E nos dias de calor fica ainda pior, porque aparecem em grande quantidade. Agora, como que a gente fica no calor passando sufoco e nem sequer poder abrir a janela para refrescar com medo dos besouros? Isso é um absurdo — afirma a moradora Maria Cristina Pereira, de 57 anos. 

Os insetos são provenientes dos jazigos do cemitério

O problema teve origem em maio, quando a concessionária Reviver, que administra o Cemitério da Ilha do Governador, construiu novas gavetas em um local do cemitério que é bem próximo às ruas Cachoeira do Mato e Feira Grande. Ainda naquele mês, equipes da prefeitura do Rio visitaram o cemitério e exigiram que a administração fizesse uma nova calefação das gavetas, a dedetização do local e das casas no entorno do cemitério. 

— A calefação na verdade não resolveu o problema, porque o que ela fez foi espantar os insetos das gavetas, e com isso eles procuram outro lugar para ficar. Então eles saem de lá para vir para cá. E o problema vai piorar, porque ficamos sabendo que o cemitério via construir novas gavetas — explica a comerciante Jaqueline Santos, de 44 anos, completando em seguida — Na última segunda-feira (30), nos reunimos com o subprefeito Rodrigo Toledo e os administradores do cemitério. Cobramos explicações, mas a resposta foi que praticamente que não havia o que fazer.  

Procurada, a concessionária Reviver não se manifestou até o fechamento da edição.