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Moradores da Tâmisa reclamam de desordem

Ocupação das calçadas e mau cheiro do lixo geram incomodo


15/01/2021 - Edição 2024

As principais queixas são o lixo acumulado pelos vendedores ambulantes, além de restos de peixes e a sujeira que atrai insetos
As principais queixas são o lixo acumulado pelos vendedores ambulantes, além de restos de peixes e a sujeira que atrai insetos

Quem caminha pelas ruas do Cocotá, sobretudo em horários de pico, percebe um intenso fluxo de pessoas transitando nas calçadas, dividindo espaço com o comércio informal. No entanto, essa combinação não tem funcionado tão bem nesses tempos de pandemia, gerando incomodo a diversos moradores do bairro, sobretudo nas proximidades da Rua Tâmisa.

A reclamação é sobre a desordem no local, com veículos e ambulantes ocupando as estreitas calçadas das ruas Tenente Cleto Campelo e Tâmisa, não sobrando espaço para o pedestre, além do acúmulo de lixo, que provoca o aparecimento de insetos e roedores.

Bastante indignado, o morador João Carlos pede fiscalização. “Vivemos em um verdadeiro lixão. Não temos calçada para andar, porque estão repletas de camelôs e do lixo que eles produzem, e também por conta dos carros que estacionam irregularmente”, desabafa.

Outra reclamação dos moradores é o fato de não conseguirem dialogar com os ambulantes em busca de uma solução. De acordo com os relatos, eles não aceitam conversar e já houve um bate-boca quando um morador que resolveu se queixar com um deles.

Recentemente, uma rede de drogarias comprou o terreno localizado na esquina das ruas Tenente Cleto Campelo e Tâmisa, onde funcionava o Colégio Tales de Mileto, e com isso a preocupação dos moradores é de que os ambulantes se desloquem para a porta de suas casas.

— A drogaria não vai querer que os peixeiros e vendedores de legumes fiquem em frente, e eles podem se deslocar para nossas portas. Nós moradores, que pagamos os nossos impostos e sofremos de verdade com a situação, não teremos o que fazer — explica o morador Roberto Frota, completando em seguida — O cheiro do peixe, por exemplo, que já invade as casas, vai ficar ainda mais forte quando os vendedores virem para as nossas portas.

A principal reivindicação dos moradores é que as autoridades públicas encontrem uma solução que favoreça ambas as partes e pedem mais fiscalização.

— Nós entendemos que estamos em um período de pandemia e todos precisam trabalhar, não queremos impedir isso. O que a gente está pedindo é uma solução para que o lixo não fique acumulando. Que a Comlurb intensifique as coletas ou que as autoridades responsáveis encontrem um local para que esses trabalhadores informais possam vender suas mercadorias com tranquilidade. Porque do jeito que está, fica impraticável — explica Roberto.