22/05/2020 - Edição 1990
Desde 18 de abril vigora na cidade do Rio de Janeiro decreto do prefeito Marcelo Crivella sobre a obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção para quem circular em locais públicos e estabelecimentos privados. A medida é para minimizar a possibilidade da proliferação do novo Coronavírus. Houve então, o aumento na procura por estas máscaras, sobretudo, as de tecido.
Antenados na demanda e com a economia estagnada, algumas pessoas passaram a produzir máscaras para ajudar nas finanças da família. Foi o caso da esteticista Thânia Araújo (49), moradora do Moneró.
— Comecei a trabalhar com a venda das máscaras porque uma cliente deu a idéia. E de fato tem dado certo. Em média tenho vendido cerca de 30 máscaras por semana — disse Thânia, que produz máscaras estilizadas com bordados, escudos de times de futebol e símbolos de heróis.
Outra insulana que tem conseguido renda com a venda das máscaras é a técnica de Raio-X, Mary Ramos (48), moradora da Portuguesa. Ela diz que o objetivo dela é ajudar a irmã costureira, que mora em Santa Cruz e passa por momentos difíceis com a família, em virtude da recessão econômica trazida pela pandemia.
— Me propus a colaborar com minha irmã e todo domingo meu sobrinho traz 40 máscaras para eu vender aqui na Ilha. Graças a Deus, quando chega sexta-feira já não tem mais nada, tenho vendido tudo — diz orgulhosa.
A dona de casa Edir Barbosa (40), moradora da Vila Joaniza começou a fabricar máscaras para proteger a família, mas a produção se transformou em um negócio. Ela passou a receber encomendas dos vizinhos e atualmente vende cerca de 30 máscaras semanalmente.
— Meus vizinhos viram nossa família com as máscaras e pediram que eu fizesse para eles também. Foi então, que percebi que além de colaborar com a proteção dos moradores de nossa comunidade eu também podia conseguir uma fonte de renda — explicou Edir.
De acordo com as entrevistadas, as máscaras fabricadas que produzem são feitas com duplo tecido atóxico, 100% algodão, fato que respeita as normas técnicas da Organização Mundial de Saúde e garante a eficiência do uso. (Thânia Araújo: 96955-5604); (Mary Ramos: 96482-7951); (Edir Barbosa: 98827-4175).