27/06/2025 - Edição 2256
A Associação Atlética Portuguesa iniciou oficialmente a ampliação do Estádio Luso-Brasileiro, iniciativa que promete colocar a casa da Lusa novamente como uma das principais alternativas de palco para o futebol do Rio de Janeiro. As obras já estão em andamento com a construção de duas novas arquibancadas atrás de um dos gols, com capacidade para até 2 mil torcedores, cada. A estimativa é que, até novembro deste ano, o estádio esteja pronto para receber cerca de 14 mil pessoas, número que deve atender à demanda esperada para o Campeonato Carioca de 2026.
A ampliação não se limita às novas arquibancadas atrás do gol. A área social, que hoje abriga parte do público em dias de jogos e já possui capacidade para 6 mil torcedores, também passará por mudanças significativas. Uma arquibancada será construída ao lado da atual estrutura, avançando em direção ao banco de reservas. O objetivo é melhorar a experiência do torcedor.
O presidente da Portuguesa, Marcelo Barros, o principal articulador do projeto destaca a importância estratégica da obra para o futebol carioca.
— Essa é uma conquista da Ilha e da Portuguesa. Nosso estádio volta a ser um ativo importante para o futebol do Rio. Queremos oferecer uma casa estruturada, segura e moderna para nossa torcida e também para os clubes que precisarem. A Lusa sempre estará de portas abertas para receber os coirmãos – afirma Marcelo Barros.
Ele reforça ainda o compromisso com a regularização das etapas da obra.
"Já demos entrada em todas as licitações junto ao Corpo de Bombeiros e demais órgãos. O que estamos fazendo é sério, com planejamento e responsabilidade. A meta é entregar o estádio ampliado e totalmente regularizado já para o Cariocão do ano que vem”, disse.
A reforma ganha importância extra num cenário em que os grandes clubes da capital, como Flamengo, Fluminense, Botafogo e Vasco, buscam alternativas viáveis para jogos de menor apelo de público. O Luso, que já foi casa temporária de Botafogo e Flamengo em três ocasiões, volta a se tornar uma opção competitiva diante dos altos custos do Maracanã e do Estádio Nilton Santos. O próprio Vasco da Gama já demonstrou interesse em usar o estádio da Lusa quando São Januário entrar em obras de reforma.
Além dessa fase inicial, já em andamento, a Portuguesa planeja outra intervenção futura: a instalação de arquibancadas no lado oposto ao setor social. Essas estruturas, doadas pela Prefeitura do Rio, já estão 50% preparadas, mas ainda dependem de recursos financeiros adicionais para finalização. A diretoria trabalha para viabilizar essa segunda etapa no próximo ano, que vai elevar ainda mais a capacidade ultrapassando a barreira dos 20 mil torcedores.