29/10/2021 - Edição 2065
Quando se fala de super-heróis, um dos primeiros nomes que se tem em mente é o do Batman. Porém na Ilha do Governador, o Cavaleiro das Trevas ganha uma versão Rubro-Negra que faz sucesso não só com as crianças, mas também com a maior torcida de futebol do país.
Trata-se de Batman, ou melhor José Antônio Couto, de 47 anos, um insulano que trabalha no ramo de segurança patrimonial, e que reuniu duas paixões de infância, o Batman e o Flamengo, para criar o “Cavaleiro Rubro-Negro". Nosso Batmam tem sua “batcaverna”, na Rua Capitão Barbosa, no Cocotá e um “batmóvel”, um Chrysler Neon personalizado com adesivos e objetos que remetem ao personagem.
— Tudo começou quando fui a uma festa com uma roupa do Batman. No dia que vesti a roupa, gostei muito e a dona da loja disse que eu fiquei parecendo o Batman. Na madrugada do dia seguinte, acabei tendo um sonho em que eu era de fato o Batman, mas o Batman do Flamengo e que estava no Maracanã no meio da torcida. Aí não teve jeito senão criar o Cavaleiro Rubro-Negro — conta José Antônio.
A estreia do Cavaleiro Rubro-Negro na torcida foi na vitória por 5x0 contra o Grêmio pela semifinal da Copa Libertadores de 2019, competição em que o Flamengo sagrou-se campeão um mês depois. Para José Antônio, esse foi um dos momentos mais inesquecíveis de sua vida.
— Foi um momento mágico. É impossível não se emocionar com aquela multidão de preto e vermelho incentivando e jogando junto com o time. O engraçado que nesse mesmo dia havia um torcedor vestido de Coringa. Só mesmo o Flamengo para unir o Batman e o Coringa!
Além de atualmente ser um dos símbolos da arquibancada rubro-negra, José Antônio diz que seu personagem avançou além do futebol e faz participações em eventos para crianças em comunidades pelo Rio de Janeiro, além de participar de campanhas para doação de alimentos para famílias carentes, entre outras ações sociais.
— Quando eu visto essa roupa, literalmente me transformo em outra pessoa. Eu não sinto fome, não sinto sede, não sinto dor, não vou ao banheiro. É muito louco! É como se eu realmente ganhasse a força de um super-herói, somado à alegria do olhar das crianças que me veem como um super-herói. Esse é meu combustível para continuar com o Cavaleiro Rubro-Negro — finaliza.