Ilha ultrapassa as 700 mortes por Covid-19

A Ilha do Governador ultrapassou a marca de 700 pessoas mortas vítimas da Covid-19 nos bairros da região. Os casos confirmados do vírus não param de subir e desde o início da pandemia já foram registrados 7.427 insulanos infectados. Nas últimas semanas, houve um crescimento exponencial de casos no bairro do Tauá, que chegou na quinta-feira (6), de acordo com o último balanço da prefeitura, aos 1.002 casos ultrapassando o Galeão e se tornou o segundo maior bairro com moradores infectados atrás apenas do Jardim Guanabara com 1.276.  

Diante das incertezas dos decretos da prefeitura relacionados às medidas de proteção contra o coronavírus, que estão sendo suspensos constantemente pela Justiça do Rio, no último final de semana foram registradas algumas aglomerações na região, como na Praça Jerusalém, na Praia da Bica e nas Praias do São Bento e Engenhoca. Isso ocorre também pela redução das ações de fiscalização. No entanto, paralelo às aglomerações, os hospitais da região estão apresentando aumento de vagas de leitos em UTI e diminuição no número de pacientes atendidos com suspeita de coronavírus.  

— Estamos em um momento importante de aumento na oferta de leitos de enfermaria e de UTI nos hospitais que representa um grande avanço em relação ao mês de março, por exemplo. Mas a média de casos ainda continua alta e é preciso reforçar algumas medidas de restrição para que controle ainda mais a potencialidade do vírus na Ilha e em toda Cidade. Dá para continuar flexibilizando, mas com responsabilidade e obedecendo as regras prioritárias, como a não aglomeração e o uso recorrente de máscara e álcool em gel — aconselha o médico Matheus Pinheiro, da rede municipal de saúde.

Por outro lado, segue avançando o calendário de imunização da prefeitura do Rio. A Secretaria Municipal de Saúde anunciou na quarta-feira (5), a antecipação no calendário para a primeira dose. A preferência para os grupos prioritários, que são as pessoas com comorbidades, está mantida, mas desde quinta (6), duas faixas etárias estão sendo atendidas por dia, separadas por turno. Nesta sexta (7), pessoas de 51 devem ir aos postos de saúde da região pela manhã e as de 50 anos, à tarde. Já no sábado, é dia de repescagem para todas as pessoas dos grupos prioritários a partir de 50 anos. 

— Conseguimos acelerar um pouco mais o nosso calendário. Sei que são muitas mudanças, mas logo que vacina nós queremos aplicar. Incluímos também doentes renais crônicos, que fazem diálise e pessoas com síndrome de down acima de 18 nos, no calendário como grupo prioritário — disse o prefeito Eduardo Paes.