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Ilha registra novo aumento da Covid

Galeão é a origem de 25,8% de novos casos da doença na região


20/08/2021 - Edição 2055

Parte da equipe de saúde da Policlínica Newton Alves Cardozo, no Cacuia
Parte da equipe de saúde da Policlínica Newton Alves Cardozo, no Cacuia

A presença da variante Delta, uma das cepas mais contagiosas da Covid-19, segue aumentando a quantidade de casos da doença na região. Nesta semana, a Ilha registrou 197 pessoas infectadas sendo o bairro do Galeão responsável por 25,8% deste aumento. Atualmente, o Galeão é o segundo com mais casos na Ilha e a cada semana diminui a diferença para o Jardim Guanabara, que lidera o ranking de mais casos e mortes desde o início da pandemia, em março de 2020.  

Outro ponto que preocupa é o aumento de atendimentos com pessoas com sintomas da Covid-19 no Hospital Evandro Freire. A unidade de saúde há um mês tinha uma situação confortável, mas acompanhou este aumento de casos das últimas semanas e hoje já está no limite de sua capacidade. Os hospitais privados da região estão registrando aumento no atendimento de suspeitos de Covid-19, mas funcionando com mais tranquilidade.  

Segundo um estudo da Fiocruz, é a primeira vez, desde fevereiro, que o número de mortos pela doença cresceu entre as pessoas com mais de 60 anos na cidade. Ao todo, 175 óbitos foram registrados nesta faixa etária, de acordo com a estimativa da última semana epidemiológica.  

Enfermeiro imuniza homem que vive em abrigo

—  Se não tivesse a vacina, esses números nessa população seriam ainda maiores. Se a gente facilita a transmissão, vai acabar afetando também a população já vacinada, mesmo com a segunda dose. Tem a transmissão por escolhas nossas e uma variante mais transmissível. Então quando a gente junta as duas coisas, temos um cenário extremamente preocupante — diz o pesquisador Marcelo Gomes, da Fiocruz. 

De acordo com o prefeito Eduardo Paes, para conter esta nova onda de casos, o comitê científico da prefeitura estuda, na próxima reunião que ocorre na segunda-feira (23), uma redução do intervalo da vacina da Pfizer. Atualmente, a janela de imunização ocorre em 90 dias e a ideia é reduzi-la para até 21 dias.  

— Vamos conversar internamente para decidir sobre duas questões muito importantes: a redução do intervalo entre as doses e, principalmente, o início da aplicação de uma terceira dose entre os idosos — explicou o prefeito.