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Ilha lamenta morte de policial Máskara

Durante operação, PM evita bloqueios na Estrada do Galeão


31/10/2025 - Edição 2274

Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho
Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho

A Ilha do Governador amanheceu em luto na quarta-feira (29). Familiares, amigos e colegas de farda se reuniram no Cemitério da Cacuia para prestar as últimas homenagens ao policial civil Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, conhecido como “Máskara”, de 51 anos. Nascido e criado na Ilha, o agente era reconhecido pelo comprometimento e alegria com que exercia a profissão. Ele foi um entre os quatro policiais que foram mortos durante confronto contra bandidos do Complexão do Alemão e da Penha.

O caixão, coberto com a bandeira da Polícia Civil, foi recebido sob aplausos e muita emoção. No momento do sepultamento, o silêncio deu lugar a lágrimas e homenagens sinceras. Um helicóptero da corporação sobrevoou o local e lançou pétalas brancas sobre o túmulo, encerrando a cerimônia de forma simbólica e comovente.

— Marcus era um exemplo de lealdade, coragem e humanidade. Um policial que honrou a farda e a comunidade de onde veio. Sua perda é uma dor imensa para todos nós — declarou o delegado Felipe Santoro, da 37ª DP, durante o velório.

Máskara atuava há mais de 20 anos na Polícia Civil e, recentemente, havia sido promovido a chefe da 53ª DP (Mesquita). Ele foi atingido durante confronto na megaoperação Contenção, realizada na terça-feira (28) nos complexos da Penha e do Alemão. Mesmo em cargo de chefia, era conhecido por estar sempre na linha de frente das investigações.

O secretário de Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, Felipe Curi, também se manifestou sobre a morte de Marcus Vinícius. Com mais de 20 anos de carreira na corporação, Curi destacou o legado do agente e reforçou que as forças de segurança não recuarão diante da violência.

— Nos solidarizamos com os familiares e amigos, compartilhando a dor dessa perda irreparável. Os ataques covardes contra nossos agentes não ficarão impunes. A resposta está vindo — e à altura — afirmou o secretário.

Na Ilha, os reflexos da megaoperação foram sentidos durante todo o dia. Criminosos ligados à facção tentaram, por diversas vezes, bloquear as principais vias da região, como a Estrada do Galeão, a Avenida 20 de Janeiro, que dá acesso ao Aeroporto Internacional do Galeão, além da Estrada das Canárias, importante rota alternativa da região.

O comandante do 17º BPM, Tenente Coronel Marcos André, já esperava essas possíveis reações e reforçou o policiamento ostensivo. “Atuamos de forma imediata e conseguimos conter todas as tentativas de bloqueio. A prioridade foi manter a ordem e proteger a população insulana”, afirmou o comandante.