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Ilha chega a 435 óbitos pela Covid-19

Galeão é o bairro com maior índice de casos e mortes na semana


11/12/2020 - Edição 2019

Fiocruz alerta para riscos de aglomerações neste momento
Fiocruz alerta para riscos de aglomerações neste momento

O contágio da Covid-19 c ontinua em crescimento na região e o número de óbitos ultrapassa a triste marca de 430, número maior, no período, desde o início da pandemia. A Fundação Oswaldo Cruz já fala em um início de colapso na rede municipal de saúde, já que não há leitos disponíveis para o tratamento da doença, de acordo com o último boletim da Secretaria Municipal de Saúde.

A Ilha soma 3.860 casos confirmados da Covid-19 desde o início da pandemia. Esta semana foram mais 141 casos notificados, e o bairro do Galeão segue com um crescimento exponencial, fato que requer uma atenção maior dos seus moradores para evitar o contágio. Naquela região já foram confirmados 488 casos, sendo 58 esta semana, além de já contabilizar 34 mortes desde abril. Com este número, o bairro que chegou a ocupar a sexta colocação no ranking de mais contaminados na Ilha, agora ocupa o segundo lugar atrás apenas do Jardim Guanabara com 733 casos.

— A vacina já é uma realidade e vai ser questão de tempo para que comece a ser aplicada no Rio. Então, é preciso puxar o “freio de mão” agora, evitar os excessos de sair para festas, não esquecer de lavar as mãos, usar álcool gel e a máscara quando sair de casa. Enfim, é preciso prudência, porque diminuiu muito o número de leitos disponíveis. Isso serve tanto para o sistema de saúde publico quanto para o privado — informa o médico Bruno Santos, que trabalha na rede municipal de saúde.

O infectologista da UFRJ, Roberto Medronho

Um outro problema que surgiu essa semana é a falta de testes da Covid-19. Em alguns laboratórios da Ilha, o teste RT PCR, o mais indicado pelos especialistas, está em falta. Na rede pública existe um racionamento e recomendação para que seja utilizado preferencialmente em pacientes com sintomas mais graves ou do grupo de risco. O insulano Marcus Ferreira Tenório, morador da Praia da Bandeira, esteve internado na última semana e relatou sobre a situação vivida.

— Precisei ser internado no Procor, no dia 3 de dezembro, para um tratamento de infecção pulmonar viral ocasionada pela Covid-19. Cheguei em estado crítico do ponto de vista respiratório e precisei do auxílio do respirador. Confesso que foi um período pessoal bem difícil. Mas fica aqui meus agradecimentos ao profissionalismo dos médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares que me trataram muito bem e consegui me recuperar. Tive alta na quarta-feira (9). Eu não sou do grupo de risco e mesmo assim sofri para me recuperar. Que todos se cuidem! — recomenda o insulano Marcos, curado da Covid-19.