Flanelinhas geram transtornos nas ruas

Na Estrada do Galeão, a atuação de guardadores irregulares de carros, conhecidos como “flanelinhas” tem sido motivo de preocupação para os motoristas da região. Especialmente no trecho entre o quartel do Corpo de Bombeiros e as proximidades dos restaurantes Zamak e Romanella, os flanelinhas se aproveitam da pouca fiscalização para cobrar valores indevidos pelo estacionamento.

Uma das táticas utilizadas por esses flanelinhas no trecho em questão é o uso de coletes genéricos, numa tentativa de aparentarem ser guardadores autorizados pela prefeitura. No entanto, muitos deles não entregam o talão de estacionamento aos clientes, o que levanta suspeitas sobre a legitimidade de sua atuação.

Além disso, há relatos de que muitos desses indivíduos agem de forma agressiva com os clientes, pressionando-os a pagar pelo serviço de “vigilância” dos veículos estacionados, sob ameaça de danificar o veículo caso o motorista não pague. Essa prática se intensifica sobretudo no período da noite.

A situação tem gerado desconforto e insegurança entre os motoristas, que se veem obrigados a lidar com a pressão e a intimidação desses flanelinhas.

— Eles se sentem os verdadeiros donos da rua e fazem o que querem. Cobram o preço que querem, no espaço que querem e você nem tem a garantia de que seu carro estará lá quando você voltar. As veze eles chegam a ser engraçados, porque você estaciona e não tem ninguém para te ajudar, mas quando você sai com o carro, imediatamente o flanelinha aparece para cobrar — conta Jorge Teixeira, de 49 anos.

Diante do problema, o Delegado Titular da 37ª DP, Felipe Santoro, garante que vai intensificar a fiscalização aos guardadores irregulares na região.

— A 37ª DP atua veemente no combate aos flanelinhas que atuam na região. Nos últimos três meses, dois homens, que atuavam irregularmente como flanelinhas, foram presos em flagrante, acusados de extorquirem e amaçarem motoristas de veículos. Outros três homens foram autuados pelo exercício irregular da profissão — afirma o delegado, completando em seguida — Caso a vitima não realize o registro de ocorrência, somente podemos atuar o flanelinha na contravenção de exercício irregular da profissão, que é crime de menor potencial ofensivo, obstando a prisão em flagrante, caso o acusado assuma o compromisso de comparecer em juízo.