Doe Amor Ilha já entregou 1500 cestas

A chegada do coronavírus no país provocou sérios danos na economia e isso mudou a vida de diversas famílias. Pessoas que tinham empregos estáveis, de repente ficaram sem renda e com isso, a realidade rapidamente se transformou em momentos de necessidades, algo inédito em suas vidas até então. A luta agora é para ter comida na mesa.

E foi nesse cenário de extrema dificuldade que diversas iniciativas de solidariedade nasceram na região, entre elas o Projeto Doe Amor Ilha, uma iniciativa que partiu da insulana Luciana Hoffmann e de sua filha Thaís. Ambas agora têm como um dos seus principais objetivos de vida levar dignidade às famílias que perderam a renda por conta da pandemia.

A princípio, elas tinham a intenção de ajudar com cestas básicas as profissionais do salão de beleza que frequentam, mas a solidariedade aflorou de maneira tão intensa que hoje atendem famílias que vivem as mais diversas realidades. O que inicialmente seriam cinco cestas, hoje já são quase 1.500 distribuídas durante 11 semanas de doações – uma média 135 cestas por semana.

Luciana conta que a ideia do projeto é passar a mensagem de que a cesta básica é um presente. E para isso, procuraram conhecer a realidade de cada família que buscou ajuda para entregar mantimentos.

— Nosso projeto trabalha não só pra alimentar a fome, mas também para alimentar a alma — diz Luciana, destacando que junto com as cestas distribuiu caixas de bombons na Páscoa e flores no Dia das Mães e no Dia dos Namorados. — Queríamos acalantar o coração das pessoas com esses pequenos gestos de amor ao próximo.

As distribuições de cestas são realizadas aos sábados na casa do artista insulano Ronald Pennaforte, localizada na Praia da Engenhoca. Durante a semana é feita a arrecadação de alimentos para a montagem das cestas e o contato com as famílias para averiguar a demanda delas. Atualmente, o grupo conta com cerca de 20 voluntários que trabalham diretamente na arrecadação, montagem e distribuição das cestas.

Para Luciana, o projeto é um grande aprendizado e o resultado que traz é gratificante. “É muita coisa boa que a gente recebe. É uma sensação maravilhosa a de entregar uma cesta e ver que, mesmo de máscara, a pessoa te devolve um sorriso que podemos ver pelo brilho nos olhos”, conta emocionada.