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Delegado alerta sobre estelionatários

Ilha têm aumento de golpes na internet e presenciais


28/06/2024 - Edição 2204

A Ilha do Governador tem sido palco de uma onda de golpes de estelionato. Nos últimos anos, houve uma disparada no número de registros e o crime vem se tornando cada vez mais recorrente na região. 

O crime de estelionato é caracterizado por enganar alguém para obtenção de vantagem ilícita, geralmente com o objetivo de causar prejuízos financeiros à vítima. Na região, este crime tem ocorrido em diversas modalidades, desde golpes virtuais até presenciais. 

De acordo com informações do Instituto de Segurança Pública (ISP), houve uma disparada nos casos de estelionato na região. Somente entre janeiro e abril de 2024, a região ultrapassou o número de casos de 2019, com 455 registros contra 439, e desde 2021, a região contabiliza pelo menos cem ocorrências mensais. 

Na terça-feira (25), o delegado titular da 37ª DP, Felipe Santoro, realizou uma palestra no Cinesystem do Ilha Plaza Shopping alertando sobre a onda de golpes de estelionato na região e destacou que as modalidades mais comuns na região têm sido dentro do ambiente virtual. Um dos golpes que tem sido mais aplicados é o de falso boleto, em que a vítima recebe pela internet um boleto a ser pago de uma concessionária de serviço público com dados falsos da empresa. Nesta modalidade, a vítima realiza o pagamento para a conta do golpista e permanece com o débito no serviço público. 

Outro golpe virtual que vem sendo replicado com frequência é o golpe do falso parente, na qual o criminoso entra em contato com familiares da vítima com um número de telefone falso e se passa por um parente. Nesta modalidade, o criminoso solicita uma transferência via pix para a sua conta. 

— Desde o início da pandemia da Covid-19, houve um aumento significativo de serviços e transferências sendo feitos pela internet, e isso contribuiu para que as pessoas ficassem mais expostas e suscetíveis a golpes. Na 37ª DP recebemos muitos casos e percebemos que os golpes estão cada vez mais aprimorados — explica o delegado. 

Entretanto, a região continua registrando golpes sofridos de forma presencial, como o caso de golpe de pirâmide financeira, de falsos motoboys e da troca de cartões bancários. Este último, de acordo com o delegado, tem sido recorrente dentro das próprias agências bancárias da região, em que falsos funcionários se oferecem para ajudar clientes em operações financeiras e cometem o crime.  

— É importante que a vítima esteja muito atenta nessas situações de possíveis golpes. Em casos como o da troca de cartões, o crime geralmente acontece quando a vítima está em horário fora do expediente bancário e não há mais funcionários na agência. Por isso que é fundamental que a pessoa se certifique de nunca perder o contato visual do cartão, não aceitar ajuda de estranhos e garantir que ninguém consiga observar seus dados. Esses detalhes são decisivos para não se cair em um golpe — afirma o delegado.