Notícias

Correios funcionam mal na pandemia

Atraso na entrega de contas e encomendas gera aglomerações


19/06/2020 - Edição 1994

Insulanos ficam parados na porta da agência para buscar as encomendas
Insulanos ficam parados na porta da agência para buscar as encomendas

A população da Ilha vem sofrendo com atrasos nas entregas de correspondências e os Correios se tornaram um alvo frequente de reclamações. Desde a chegada do coronavírus, os Correios deixam os insulanos na mão, que passaram a conviver com atrasos e até mesmo a falta da entrega de correspondências e encomendas.

Com os problemas, muitos moradores precisaram recorrer às segundas vias de contas e se aventurar em sair de casa para buscar encomendas em um dos Centros de Distribuição Domiciliar (CDD) da região. Mas ao chegar nesses locais é preciso enfrentar filas enormes e concentração de pessoas.

Nas últimas semanas, o Ilha Notícias recebeu diversas mensagens pelas plataformas digitais com registros de aglomerações, sobretudo na agência localizada na Estrada do Galeão, 1322, quase em frente à delegacia policial. Entre elas, a da leitora Tatiana Dellatorre, de 38 anos. Ela, que mora próximo à agência, conta que precisou ir aos Correios para retirar uma encomenda, pois o código de rastreio constava que o entregador não encontrou o destinatário.

— Quando fui na agência, reparei que a maioria das pessoas na fila estava com o mesmo problema que eu tive — conta, acrescentando que havia cerca de 80 pessoas na porta da agência esperando para serem atendidas. — Eles tiram os carteiros do risco, mas deixam um monte de gente se aglomerar na porta.

Filas são rotina nos Correios da Estrada do Galeão

Viviane Veríssimo, 41 anos, passou por situação parecida. Em três oportunidades em que fez compras pela internet, a entrega não foi realizada e precisou enfrentar a aglomeração para retirar os produtos. “Não havia nenhum tipo de organização. Muitos estavam sem máscaras e não respeitavam o distanciamento”, relata Viviane, que ficou 40 minutos na fila esperando atendimento.

Já Maria Jucilene, de 55 anos, conta que desde abril não recebe mais as correspondências em casa e precisa ficar de olho para não atrasar os pagamentos.

Um relato curioso é o de João Souza, 55 anos. Ele conta que fez uma compra no dia 20 de abril e recebeu a encomenda somente na última quarta (17). No entanto, o site dos Correios informava que desde 18 de maio o produto constava como se estivesse no Centro de Distribuição. “Faltou transparência na informação”, diz chateado.

A Assessoria de Comunicação dos Correios informou que a empresa lamenta os transtornos à população e vai implementar medidas operacionais que vão trazer uma nítida melhora nos serviços ainda nesse mês.