14/01/2022 - Edição 2076
Inúmeras pesquisas nessa última década foram realizadas na área de liderança e muitas delas apontam para resultados do tipo “seis entre cada dez trabalhadores se sentem desmotivados” e analisando as pesquisas, verificam-se que grande parte das reclamações recaem sobre os líderes.
A falta de aproveitamento das habilidades de liderança e a forma de gerenciamento das atividades tem várias explicações, como: a natureza mutável do trabalho, empregos cada vez mais instruídos, necessidades de gerações futuras, ritmo acelerado de mudanças e cenário de mercado incerto, porém, precisamos olhar internamente para achar a explicação para esse cenário.
No século passado, o modelo de gestão dominante era mestre-aprendiz, e a função do gerente era melhorar o desempenho físico das pessoas. Já no século XXI, grande parte do nosso trabalho passou a envolver a execução de processos, o que diminuía radicalmente o esforço físico. Nas últimas décadas, a sistematização passou a ser o cerne da questão, ocasionando a queda do valor da mão-de-obra. E por fim, nos últimos anos, 40% dos empregados são considerados profissionais do conhecimento.
Portanto, existe um grande número de profissionais que são pagos para pensar, porém, ainda não ensinamos nossos líderes e gerentes a aperfeiçoar o pensamento.
Vivemos uma era onde nossa equipe tem a melhor formação do que qualquer geração anterior. Algumas formações, como MBA, deixaram de ser destaque, para serem rotineiras em nossos currículos, e executivos bem pagos e com grande conhecimento, é mais comum do que há trinta anos.
Então, por que vivemos uma crise na liderança e muitas das reclamações da equipe recaem sobre o líder? Porque os líderes não se preocupam em aperfeiçoar seus pensamentos e desenvolver equipes que saibam pensar também.
Quando o líder aperfeiçoa seu pensamento, ele também conduz a equipe a pensar e assim gerar um ambiente de soluções, positividade, pro atividade, generosidade, escuta e clareza de seu posicionamento e atuação.
Esse é o cenário que os grandes líderes buscam e encontram quando aperfeiçoam seu pensamento. Por isso, a importância de se aprender a pensar. Pois assim, saberemos o que pensamos, o que sentimos, quais são os nossos hábitos e quais nossos possíveis resultados. Aperfeiçoar o pensamento não é algo fácil, mas necessário para a sobrevivência da liderança e da empresa onde se atua.
Texto da empresária e Coach de Liderança Lani Menezes para a Associação Comercial da Ilha. Detalhes sobre o conteúdo: @lanimenezescoach
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