01/11/2024 - Edição 2222
Um crime brutal ocorrido no domingo (27) chocou os insulanos, que se uniram em um clamor por justiça. Selma Muniz Santos, 76, uma professora querida da Escola Municipal Leonel Azevedo, e seu esposo, Antônio Sidney Rocha Santos, 68, foram assassinados de maneira cruel em sua própria casa na Rua Amanda Guimarães, região conhecida como Casinhas, na Portuguesa. O casal foi encontrado pela sobrinha com sinais de extrema violência.
A Polícia Civil agiu rápido e já encontrou o principal suspeito de ter cometido o crime. Trata-se de Luiz Carlos Custódio Ferreira, 36 anos, que foi preso em sua própria casa na Praia da Rosa. Ele foi identificado por parentes da vítima e por sua própria mulher por meio de câmeras de segurança entrando na casa na manhã do dia do crime. Casado com Marta, diarista que trabalha há anos na casa das vítimas, Luiz Carlos já havia prestado serviços no local como marceneiro, e sua esposa possuía à chave do imóvel.
- Marta, por ser diarista da família, tinha a chave e segundo ela, ele sem avisar pegou e conseguiu entrar na residência sem precisar arrombar, e sem qualquer resistência. Ele chegou na residência 7h53 e sai 34 minutos depois. A gente acredita que ele não sabia que as vítimas estariam em casa, acabou se assustando e cometendo agressões cruéis e brutais. Um roubo de valores pequenos para uma brutalidade tão grande. Totalmente desproporcional – afirma o delegado Bernado Leal Annes Dias, titular da Delegacia de Homicídios da Capital.
O crime foi considerado latrocínio, que é o roubo seguido de morte, pelo fato dele ter levado dois celulares e uma carteira da vítima. Na tarde de segunda-feira (28), Selma e Antônio foram velados e enterrados juntos no Cemitério do Cacuia, em uma cerimônia marcada por muita emoção e tristeza. Para os vizinhos, a perda de Selma, uma educadora que contribuiu tanto para a comunidade, e de Antônio, seu companheiro generoso e gentil, representa uma tragédia irreparável.
- Era um casal muito tranquilo. Viviam uma vida com bastante tranquilidade, de uma maneira cordial, ativa, e familiares que sempre vinham visitar. Não dá para acreditar no que aconteceu. Um crime desse numa região que jamais ouvimos algo parecido assim. Os tempos, infelizmente, mudaram aqui nas Casinhas, e precisamos urgente da atenção das autoridades – afirma Eliana Santos, vizinha das vítimas.