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Campo no Aterro sem condições de uso

Gramado sintético está solto e piso esburacado


05/08/2022 - Edição 2105

Mau estado do campo de futebol society do Aterro do Cocotá vem afastando os peladeiros da região da prática esportiva
Mau estado do campo de futebol society do Aterro do Cocotá vem afastando os peladeiros da região da prática esportiva

Abaixo do aceitável. É assim que pode-se definir o estado de conservação do campo de grama sintética localizado no Aterro do Cocotá, uma das principais praças públicas da região. Há pelo menos dois anos o campo está totalmente esburacado, condição que torna desconfortável a prática esportiva, além de expor os peladeiros ao perigo de lesões. 

Mesmo assim, o local recebe diariamente diversos peladeiros para disputar partidas de futebol, sobretudo após o horário de trabalho. Entretanto, a prática tem se tornado cada vez menos frequente, pois o mau estado do campo diminuiu o interesse dos insulanos nas tradicionais peladas. 

Os grupos de pelada do Aterro do Cocotá pedem a substituição do gramado sintético, troca do gradeamento, melhora na iluminação do campo e do entorno, além de outros serviços, como roçada, coleta de lixo e varrição da praça mais frequente. 

No mês de março, houve uma visita de órgãos públicos, incluindo Subprefeitura das Ilhas e técnicos da prefeitura do Rio, que anunciaram reformas no campo e intervenções de conservação no entorno. Durante a visita, os representantes da prefeitura garantiram que as obras iniciariam no início do mês de abril, mas a licitação foi adiada para o meio de julho, prazo que também não foi cumprido. Quase cinco meses após a visita, o campo ainda não recebeu nenhuma obra. 

— Há alguns meses, houve uma chuva bem forte na região e que derrubou um dos refletores sobre o campo. Esse refletor foi retirado, mas a prefeitura não sabe onde foi parar. O que nos foi informado por um dos técnicos da prefeitura é que a obra não poderia ser iniciada enquanto esse refletor não aparecesse — afirma o peladeiro Luís Daniel, o Neném. 

Sem previsão de obras, os peladeiros tentam garantir a continuidade do futebol com medidas paliativas. Eles próprios se mobilizam para tapar os buracos no campo com areia e tapetes de grama sintética. Mesmo assim, muitos já desistiram de frequentar o campo pelo medo de possíveis lesões.  

— É uma das poucas praças públicas que temos na Ilha com campo de grama sintética. A maioria dos campos ficam dentro de clubes e o uso é pago. Infelizmente hoje não temos o mínimo de condições para poder jogar. Estamos pedindo socorro porque aqui está largado às traças — conclui Neném. 

A Subprefeitura das Ilhas informou que a reforma do campo de grama sintética do Aterro do Cocotá será realizada. A licitação para escolha da empresa que fará a obra vai ocorrer na próxima semana.