Caldos e sopas fazem sucesso no Cacuia

O casal Josenildo dos Santos e Daniele Lima são os proprietários da barraca “Oxentê, Dani”, localizada na Estrada do Cacuia quase esquina da Rua Combu, e que de segunda a sábado, a partir de 18h30, vende diversos caldos deliciosos conquistando o paladar de diversos clientes, que já viraram grandes amigos.  

A história de vida do casal que está junto há 26 anos começou em Itambé, no Pernambuco, em uma região que faz divisa com a Paraíba. Eles se conheceram, brincavam juntos e frequentavam a mesma escola. O primeiro beijo foi logo aos 13 anos. A data o casal não esquece: 23 de junho, em frente a uma fogueira, na véspera da festa de São João.  

- O dia 23 de junho é uma data muito importante para nós. Foi o dia do nosso primeiro beijo e também o dia que, anos depois, iniciamos nosso empreendimento no Cacuia. É um dia especial.  

Do casal nasceu a filha Dalila Lima, hoje com 26 anos. E o principal motivo do casal vir morar na Ilha do Governador foi a descoberta de um problema de audição, logo aos 4 anos de idade, da filha. Como o tratamento era precário no Nordeste, a família rumou para o Rio para buscar dois aparelhos de audição e atendimento mais adequado no SUS para a filha.  

Com a chegada da pandemia em março de 2020, a situação da família ficou muito ruim. Josenildo, que trabalhava no taxi do aeroporto há anos, viu os passageiros sumirem com o decreto do lockdown. Foi aí que veio a ideia de começar a vender caldos, motivados por amigos que elogiavam os caldos em reuniões.  

— Contamos com a ajuda da mãe de Daniele presenteando a gente com o dinheiro para a compra da carroça e todos os acessórios necessários. Escolhemos o Cacuia por ser um local movimentado. Lembro como se fosse hoje o dia 23 de junho. Me arrepio até hoje — conta Josenildo.  

A barraca funciona apenas à noite, mas o trabalho começa cedo durante o dia. Daniele é responsável por fazer os caldos, como o mocotó, angu à baiana, feijão mexicano, bobo de camarão, sopa de ervilha, caldo verde, vaca atolada e caldo de quenga, entre outros. Enquanto ela começa a produção, Josenildo vai ao mercado escolher os produtos fresquinhos para incrementar as sopas, que podem ser consumidas no local ou em embalagens para viagem.  

— É muito trabalhoso, mas fazemos com maior prazer para agradar aos nossos clientes. Nosso objetivo é expandir, conseguir aumentar nosso espaço para atender ainda melhor a todos. Mas o grande sonho é comprar nossa casinha. Morar de aluguel é doído — finaliza o casal.  

Josenildo e Daniele são exemplos de insulanos que através do trabalho e dedicação vencem uma batalha diária com honestidade e qualidade no que fazem. No momento de dificuldades se uniram e encontraram na produção e venda das sopas e caldos a solução financeira da família. A história de amor e harmonia do casal serve de inspiração para tantos outros casais que buscam oportunidade de trabalho. Parabéns ao casal!