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Aumenta denúncias de maus-tratos a cavalos

Animais são obrigados a correr na areia e entrar no mar na Freguesia


11/12/2020 - Edição 2019

Jovens e adolescentes montados em cavalos circulando livremente pelas ruas da Ilha têm se tornado ao longo dos últimos meses uma cena comum. Enquanto esses “cavaleiros” se divertem, os equinos aparentam estar abatidos e com a saúde frágil. Moradores denunciam o fato constantemente na coluna Boca no Trombone do Ilha Notícias, devido ao aparente descuido com a saúde dos animais.

Segundo moradores, esses cavalos são vistos com mais frequência no terreno da Transpetro, por onde passam os dutos, na Rua Chapot Prevost, na Freguesia. Eles passam à noite pastando no local e são pegos de manhã por um grupo que se diverte usando como montaria. Uma moradora da orla da Praia da Freguesia, que preferiu não se identificar, afirma que há dois meses aos finais de tarde, tem visto diversos jovens com cavalos nas areias da praia.

— É uma coisa desumana. Eles apostam corrida na extensão de toda faixa de da areia, que já é pequena. Quando eles chegam, às famílias que estão na praia até se afastam. Já flagrei várias vezes eles entrando no mar com os animais. É maldade pura ver o sofrimento, e quando vou reclamar ainda sou intimidada — afirma.

Os cavalos costumam circular pelas ruas dos Bancários, na Estrada do Dendê, Aterro do Cocotá, Galeão, Corredor Esportivo, Tubiacanga e Parque Royal e podem ser vistos a qualquer hora do dia, de acordo com moradores das localidades.

A punição à crueldade para com os animais está prevista na constituição Federal, que criminaliza quem submete cavalos a trabalhos excessivos, privação de alimentos e falta de cuidados. A pena chega a ser de três meses a um ano de reclusão, multa, e potencial para a pena aumentar em até um sexto, caso o animal morra. O setor de inteligência do 17ºBPM informou que vai listar os locais onde esses maus-tratos são denunciados e realizar uma operação conjunta com o Comando de Polícia Ambiental (CPAm).

Todas as solicitações de denúncia ou de resgate são realizadas pelo canal oficial da prefeitura pelo número 1746. As denúncias também podem ser feitas de forma anônima pelo Programa Linha Verde, do Disque Denúncia, por meio dos telefones 2253-1177 e 0300-253-1177.