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Alunos da UFRJ limpam orla do Fundão

Lixo entre camadas de areia surpreendeu universitários pela grande quantidade


13/12/2019 - Edição 1967

Estudantes recolheram o lixo acumulado na orla
Estudantes recolheram o lixo acumulado na orla

O Instituto de Microbiologia Paulo de Goés (IMPG) da UFRJ, que estuda as praias da Ilha do Fundão e a qualidade da água do seu entorno, promoveu uma série de ações de extensão que culminou em um mutirão de limpeza da orla da Cidade Universitária, no final do mês de novembro. A UFRJ em pesquisa lançada em abril alertou para a quantidade de poluentes despejados na Baía de Guanabara e o risco real causado pela presença do que denominou como “Sopa de Bactérias”.

A ideia surgiu por iniciativa do professor Marco Miguel e de uma turma de bacharelado em Ciências Biológicas, após uma aula de campo aos arredores da Ilha do Fundão quando recolheram amostras de água da baía. Os alunos surpreenderam-se com a beleza do local, mas ficaram tristes com a quantidade de lixo que poluí a encosta. Propuseram, então, uma ação de limpeza atrelada a um ensaio fotográfico para a conscientização ambiental. Para por em prática, Miguel pediu o apoio da Prefeitura Universitária e da Comlurb para garantir uma maior estrutura durante a coleta e na gestão dos resíduos.

— Durante a coleta verificamos que a situação é crítica. A quantidade de resíduo foi muito maior do que a prevista, surpreendendo até a Comlurb que já tinha noção do real tamanho da área — conta o professor.

Pesquisadores investigam todos os resíduos retirados

O que gerou mais dificuldade na execução da limpeza foi à questão do lixo não estar apenas na superfície, mas também sob muitas camadas de areia. Entre o material coletado estavam pneus, capacetes, material de obra e muitas embalagens de plástico.

— Pelo tipo de material encontrado, entendemos que a própria população é a principal poluidora da Baía de Guanabara. Algumas empresas, principalmente de alimentos, destacam-se como principais comercializadoras das embalagens encontradas e por isso deveriam participar ativamente das campanhas de educação da população para que o problema seja solucionado – alertou o docente.