16/05/2019 - Edição 1937
A matemática é um terror para a maioria dos estudantes, mas para o insulano Yan de Azevedo Monteiro, de 19 anos, morador da comunidade da Vila Joaniza, no Galeão, parece ser fácil. Destaque na contracapa da edição de 18 de julho de 2014, do jornal Ilha Notícias, pelo talento e a forma de entender a disciplina, o jovem insulano conquistou seguidas medalhas na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas. Com a conquista do ano passado já são sete medalhas e a certeza que está trilhando o caminho certo.
A trajetória de Yan começou na Escola Municipal Lavínia de Oliveira Escragnolle Dória, localizada no Galeão e o ensino médio ele fez no Cefet. Com a experiência das olimpíadas de matemática, conseguiu boa colocação no Enem e conquistou acesso para o curso de Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
— Eu sempre gostei de desafios e vi na matemática a oportunidade de ascender na vida. Quando eu soube das olimpíadas ainda no ensino fundamental, aproveitei a chance e encarei como um grande desafio para adquirir conhecimentos e começar a subir degrau a degrau no conhecimento. Agradeço à minha mãe e toda família pelo apoio. Tenho certeza que ainda vou dar muita alegria a eles — conta.
Yan Monteiro decidiu seguir a carreira de engenheiro, após um estágio na construtora Arte Nova Construções, que tem sede na Freguesia. Ele foi efetivado e agora espera concluir a faculdade e dar sequência na carreira.
— Minha maior motivação agora é correr atrás do sonho de ser um engenheiro bem sucedido. Espero utilizar meus conhecimentos em matemática para crescer e prosperar. Quero ser um estímulo e referência para os alunos da rede pública — diz Yan, destacando que independente da condição social basta ter um objetivo traçado para chegar ao objetivo, seja qual for.
O engenheiro Wagner Victer, após a veiculação da primeira matéria de Yan no jornal, se transformou em seu mentor oferecendo dicas e conselhos para prosseguir no sonho de ser engenheiro.
— O Yan é um garoto sensacional e que usou a matéria no jornal como alavanca para continuar crescendo na vida. Acompanho de perto essa trajetória e fico muito feliz pelo seu sucesso, sendo um jovem que saiu da favela e em breve será um engenheiro formado pela UFRJ.
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