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Aeroporto sem ônibus para trabalhadores

Passageiros esperam no Terminal 1, cerca de uma hora por condução


19/11/2021 - Edição 2068

Insulanos que trabalham no Aeroporto Internacional do Galeão reclamam da irregularidade das linhas de ônibus da Ilha no Terminal 1
Insulanos que trabalham no Aeroporto Internacional do Galeão reclamam da irregularidade das linhas de ônibus da Ilha no Terminal 1

A indignação do morador da Ilha que trabalha no Aeroporto Internacional do Galeão e que depende do transporte público para se deslocar é grande. O que era para ser extremamente vantajoso e prático por conta da proximidade, tem se tornado uma enorme dor de cabeça para esses trabalhadores que ficam à mercê, sem opção de mobilidade, devido a diminuição da frota, de modo ilegal e sem aviso prévio, das linhas de ônibus da região que transportam os passageiros.  

O transporte alternativo das vans, que atua no vácuo deixado pelas empresas de ônibus surgiu como opção de transporte para os passageiros. Na maioria das vezes, os trabalhadores precisam aguardar cerca de uma hora para a chegada de um ônibus. A maioria tem optado se arriscar em vans piratas ou preferem sair da Ilha em uma outra linha, que passa com mais regularidade, para depois voltar.  

— É uma falta de respeito. Não tem ônibus nenhum, principalmente na parte da tarde. Todos os trabalhadores reclamam demais disso e a maioria está cansado, pois nada é resolvido. Total descaso. Tenho quase que certeza de que a linha 925 só passa quatro vezes ao dia. Ninguém mais sabe, ninguém mais viu. O que vemos é que ela consta como regular e vigente na prefeitura — desabafa Marcelo Viana, de 36 anos, que trabalha em uma das lojas do aeroporto.  

Se não bastasse o descaso do transporte público, os moradores da Ilha, que trabalham no aeroporto, ainda precisam conviver com uma caminhada de cerca de 20 minutos do Terminal 2 ao Terminal 1, que está praticamente desativado e não recebe mais nenhum voo. Mesmo assim, é neste terminal que está localizado o único ponto de parada de ônibus para trazer de volta os insulanos.  

— O que era para ser tranquilo e prático para todos nós, não está sendo. Eu, mesmo morando à 5km do aeroporto, demoro em torno de uma hora, uma hora e meia, para ir e voltar. Fora o tempo a pé. Um absurdo — lamenta Aline Serqueira, de 31 anos, que mora na Portuguesa. 

Procuradas, as empresas Ideal e Paranapuan não responderam até o fechamento da edição.