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Quadrilha de Curitiba é presa na Ilha

O bando extorquia, sequestrava e aplicava golpes em idosos


16/09/2019 - Edição 1955

Perácio Silveira, Margarete Silveira e Ezequiel dos Santos foram presos em flagrante pela Polícia Civil // Foto: Polícia Civil
Perácio Silveira, Margarete Silveira e Ezequiel dos Santos foram presos em flagrante pela Polícia Civil // Foto: Polícia Civil

Policiais da 37ªDP prenderam três pessoas em flagrante no Banco Itaú, ao lado do McDonald's, na Portuguesa, na segunda (16). Os três faziam parte de uma quadrilha especializada em sequestros relâmpagos contra idosos. Segundo os policiais, a quadrilha é de Curitiba, no Paraná, e agia abordando clientes de bancos da Ilha do Governador. Um quarto golpista fugiu no momento da prisão.

De acordo com a polícia, os criminosos vinham de Curitiba, alugavam veículos no Aeroporto Tom Jobim e circulavam pela região em busca de vítimas potenciais, geralmente idosos. Eles abordavam pessoas na rua pedindo informação e em seguida os colocavam no carro para levá-los ao banco para fazer saques, sempre sob justificativas distintas.

Eles agiam em dois carros para facilitar a dispersão. Em um veículo ia a vítima com três criminosos, e era ameaçada caso informasse a algum agente do banco o que acontecia. No outro veículo um criminoso dava cobertura, para avisar sobre a movimentação no lado de fora das agências.

Segundo vítimas da quadrilha, que fizeram registro de ocorrência, os criminosos as obrigaram a fazer saques entre 4 mil e 15 mil reais, sob ameaça de morte.

Na ação policial, foram presos Margarete Rosa Silveira, de 55 anos; Perácio Silveira Dias, filho de Margarete, 34 anos, e Ezequiel dos Santos, 38 anos. A Polícia Civil informou que vinha investigando a quadrilha por cerca de um mês e todos já respondiam pelos crimes de furto e estelionato.

Uma vítima de 72 anos, que não quis ser identificada, informou que foi abordada próximo ao relógio do Cacuia, mas não chegou a ser ameaçada de morte. Explicou que foi vítima de um golpe com a promessa de que seria recompensada, caso ajudasse Margarete a pagar uma documentação para dar entrada em uma suposta pensão que teria a receber do marido.

—Ela me pediu ajuda e na hora um outro homem passou e ela pediu o mesmo a ele. O rapaz topou e me convenceu a ajudar, pois seríamos recompensados com parte do dinheiro da pensão. Após os saques, ela fingiu estar passando mal e me pediu para comprar um remédio. Quando voltei ambos tinham sumido e foi aí que me dei conta que eles eram comparsas e que eu tinha caído em um golpe.

Os três bandidos irão responder por extorsão e associação criminosa.